Páginas

Pesquisar este blog

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

FILOLOGIA ROMÂNICA, TEORIA DOS NEOGRAMÁTICOS E A FUNÇÃO DO FILÓLOGO





Por Cássio José
Graduando em Licenciatura Plena em Letras-Português pela UFC
Pós-Graduando em Língua Portuguesa com Ênfase em Literatura Brasileira pela FALC


1.      Pressupostos Iniciais
Coutinho (1979, p. 17) traz uma definição simples acerca da Filolofia:
Filologia é a ciência que estuda a literatura de um povo ou de uma época e a língua que lhe serviu de instrumento”.
A Fiologia, segundo Silva Neto (1957) encerra todos os estudos possíveis acerca de uma língua ou grupos de línguas: Filologia portuguesa, Filolofia indo-europeia. Isso faz com que ela dependa majoritariamente de documentos escritos.  
            O estudo das divergências entre línguas da mesma origem é que provocou o aparecimento da Filologia em 1816 com a obra Sistema de Conjugação Sânscrito em comparação com o Grego, o Latim, o Persa e o Germânico, escrita pelo cientista alemão Franz Bopp (1791-1867). 


Fançois Juste Marie Raynouard foi o primeiro a elaborar um estudo literário-linguístico de uma língua de origem latina, o provençal. Devido ao merito de sua obra, ele recebeu o título de “Pai da Filologia Românica”. Segundo Raynouard, as principais línguas da Europa procederiam do latim, mas por intermedio de uma língua românica, idêntica ao provençal antigo, e que teria sido falada entre o século VII e IX.


2.      Neogramáticos


Os neogramáticos discutem a diversidade das línguas geograficamente na face do planeta pelo processo de diversificação regular dos sons, ao longo do tempo. Saussure (1971, p.230) escreveu que “diversidade geográfica é, pois, um aspecto secundário do fenômeno geral. A unidade de idiomas aparentados só pode ser achada no tempo. Trata-se de um princípio de que o comparatista se deve imbuir se não quiser ser vítima de lamentáveis ilusões”.

            Sendo assim, percebe-se que o caráter historicista a neogramática advém da herança metodológica da filologia românica e germânica. Isso faz com que, fortemente, tanto a Filologia como a Neogramática tratem o papel dos indivíduos na língua como algo primário. Esse propósito é feito, sem dúvida, de maneira peculiar para ambas. Alguns nomes importantes citados como neogramáticos, além de Friedrich August Schleicher, sempre colocado como aquele que gera a reação dos neogramáticos, são: William D. Whitney, Karl Brugmann, H. Osthoff, W. Braune, E. Sievers, Hermann Paul, August Leskien (apud Saussure, 1971, p.11). Além desses, destacam-se o próprio Ferdinand de Saussure, G. I. Ascoli, H. Osthoff e especialmente Georges Curtius, todos ligados à Universidade de Leipzig.

            O fato de se ter uma nova vertente de estudo sob a influência das ciências naturais e do Darwinismo fez com que se solidificasse a neogramática. Defendiam então que as leis da evolução fonética baseiam-se em leis fixas que não variam, exceto por força de outras leis. Claro que tais pesquisas de estudo geraram opiniões diversas de outros estudiosos.







Notas Bibliográficas

Conceito e Origem da Filologia Românica.
MILANI, Sebastião Elias: Da Filologia, da Gramática Comparada, Da neogramática à Historiografia Linguística.

Internet

Filologia Românica: www.solar.virtual.ufc.br
Google

Um comentário:

  1. Já está disponível "A Origem da Língua Portuguesa" em

    http://pesquisa.fnac.pt/ia428306/ALMEIDA-FERNANDO-RODRIGUES-DE

    Veja também o book trailer em

    http://www.youtube.com/watch?v=yhw8VEMTWGc

    Não se pode falar da origem das línguas ibéricas sem conhecer este trabalho.

    ResponderExcluir